Maravilha

Confesso que até ontem sabia de Guimarães Rosa, um talentoso imortal, muito pouco. Lendo sua biografia, até tive inveja. Ele conhecia e falava mais de 20 línguas. Era um escritor admirável. Usava, até pelo conhecimento de latim e grego, um vocabulário fantástico em seus romances. Acredito que pouca gente é familiarizada com esse autor. Ele ficou mais conhecido quando Grande Sertão Veredas foi inspiraçaò para uma minissérie da Globo. Fiquei realmente encantada com sua biografia. Sempre digo que para ser um grande escritor, um grande poeta ou um grande artista plástico é preciso ter experiência, vivência e muita cultura, senão você será apenas mais um e nunca um imortal. Há exceçòes, sempre há. Infelizmente. Uma vez uma jovem senhora queexpunha seus quadros (pintura óleo/tela) no Tênis Clube, pediu que eu desse opinião sobre o seu trabalho. Perguntei se queria saber a verdade. Ela disse que fazia questão. Fui sincera: você pinta como outros milhões, nunca será uma artista. E não é. Os artistas verdadeiros são pessoas diferentes. Bem diferentes.

Novas amizades

Quem trabalha com comunicaçào, está sempre conhecendo novas pessoas e às vezes fazendo novas amizades. Porque nem todos que a gente conhece se tornam amigos, são apenas conhecidos. No sábado, conheci o Douglas Rodrigues, diretor da Revista Urbana. Gente fina. Tenho certeza que seremos bons amigos. Valeu. O point esteve animado. Os habitués, mais a Celeste Costa. Foi um sábado como tantos outros, há tantos anos. Já no domingo, o telefone tocou às 11 da noite. Sempre me assusto com ligaçòes nesse horário porque não são comuns. Era a Vera Buffulin para me dar uma notícia triste. A Angela Fernandes havia falecido. Foi de repente, sem sofrimento. A morte que a maioria deseja: não sofrer .A gente acha que assim é melhor,mas na verdade, ninguém sabe de nada. Tudo ainda é um mistério e por isso mesmo a vida deve ser vivida da melhor forma possível.Não quero mais falar sobre o assunto. Não gosto de tristeza. É mais uma amiga que se vai. Deixa saudades? Não sei. Para alguns, com certeza. Para outros não. Mas amanhã é dia de happy hour no Blue Tree Towers. Teremos surpresas. Surpresas boas.

Escândalos

Nunca se ouviu falar tanto em escândalos políticos. Desde que o Lula entrou para o governo não faltaram escândalos. Os protagonistas, no entanto, se defendem culpando a mídia. A imprensa trabalha em cima de fatos, não de ficçoes. Então os culpados deviam se defender, sem acusar a imprensa e os jornalistas. Também fui acusada certa vez de causar uma briga em família. Isso porque fiz uma notinha que dizia que um empresário da construção civil foi visto nos pontos de ônibus, passando devagarinho e oferecendo carona para as menininhas. O próprio me ligou logo cedo, num feriado, para dizer como uma pessoa séria como eu fazia uma nota daquelas, que causou a maior confusão na família. Respondi: mas o seu nome não está na nota, como acharam que se trata de você. E ele disse: eu sei que sou eu. Logo eu não menti. O fato existiu. Só que a culpa no caso, da briga em família, foi minha. Pode? Me poupem. O cara veste a carapuça inteira, a família o acusa(porque deve conhecer seus hábitos) e a culpa é minha? Agora o safado do Sarney também está colocando toda a culpa na mídia. É sempre assim. Mas não cola. Isso não quer dizer que a imprensa nunca tenha errado. Claro que já. A Justiça também erra. Mas sempre, não.

Chove chuva

Amanheceu chovendo com muita vontade. Nem podemos reclamar. Ultimamente o tempo tem estado firme. O sol tem brilhado muito. Então a chuva se faz necessária. Mas não é bom ir para a rua em dias assim. É bem melhor curtir nossa casa. Hoje tenho um evento marcado na agenda. Não sei se vou ou não. Decido mais à tardinha. Seria bom encontrar amigos. Quem sabe ouviríamos alguma novidade, fecharámos algum negócio. Nos eventos sempre há oportunidades de business. O que? É o melhor local para se conversar sobre negócios. Nada de escritórios.
Uma notícia me deixou muito feliz ontem. O governo perdeu. Um bendito juiz foi a favor dos fumódromos e contra a lei antifumo, que ele achou exagerada. Claro que o Serra entrou com recurso. Mas vai perder. Esse juiz deve ser bem mais democrático do que ele. Assim espero. Vamos aguardar que essa lei antifumo seja combatida de verdade.

Surpresa

O Light News já está no forno. Tomara que saia bem bonito. Nesta ediçào temos uma surpresa. A colunista Carol Avila nos deixou porque estava sem tempo. No seu espaço está o meu amigo poeta Rodrigo Cabrera. Tenho certeza que vocês vão gostar. Ele é ótimo! Tem gente que vai ficar enciumada. Mas tudo bem. A gente contorna. O importante é que os leitores curtam a nova coluna. O Castor também entrevistou uma senhora que é um exemplo para todos nós. Leiam. A coluna da Ana Amélia é irrepreensível. Também vale a pena. Enfim, nosso jornal é dez. Verdade seja dita. São onze colunistas que valem a pena. Modéstia à parte. Só sei que na quinta-feira é aquela correria para pegar o Light News. Vamos ter que aumentar a tiragem. Acaba muito depressa. Como é mensal deveria circular durante todo o mês. Aumentaríamos os pontos de distribuição. Vamos pensar seriamente nisso. Vai dar tudo certo.

Saudades

Saudade é uma palavra que só existe na nossa língua. Para mim, um sentimento difícil de explicar. Porque sinto mais saudade das coisas que estão perto do que das que estão longe. Sou capaz de sentir saudade de alguém que ví ontem e não sentir de quem não vejo há muito tempo. Do passado não sinto saudades. Passado quer dizer infância, juventude. Não sei porque, não sei explicar. Claro que guardamos as emoçòes num especial compartimento. Mas não sinto saudades. As emoçòes que sentimos, nunca se repetem. Sentimos outras, nunca são iguais. E quando a gente envelhece, as emoçòes são mais raras. O Roberto Carlos diz na música famosa que o importante é que emoçòes eu vivi. Eu diria : o importante é que eu estou vivendo. Não estou durando. Estou vivendo de verdade.

Ansiedade

Por mais que eu me controle, fico ansiosa no dia de fechamento do Light News. Espero aqui, sentada, no escritório, chegarem as colunas, diagramadas pelo Tonhão. Santo Tonhão, outro que tem que me engolir. Mas não sou assim tão exigente com ele. Dá pra me engolir, sem maionese.
Fico ansiosa porque quero ver as colunas, como ficaram depois de diagramadas. É como ver o jornal pronto. Amanhã já passa a ansiedade. Embora eu me preocupe com o trabalho final da gráfica. Nossos parceiros são competentes, por isso estamos com eles há 17 anos e não pretendemos mudar. Se um jornal mensal dá tanto trabalho, imaginem um jornal diário. É uma loucura! Ainda mais agora que as matérias principais e mais importantes, jáa sairam no rádio, na tv e na internet. Tudo fica muito repetitivo. Isso cansa os jornalistas. Por isso acho que é uma profissão que só deve ser exercida por quem tem vocação. E é fácil notar quem trabalha por amor ou apenas pelo salário. Muito fácil.

As aparências enganam

Um velho ditado diz: as aparências enganam. E outro: quem ve cara não ve coraçào. O que dá no mesmo. Hoje eu diria: quem vê carro, não vê conta bancária. O cara só usa roupas de grife, desfila num carrão importado, mas a conta bancaria está quase sempre no vermelho. Ele fecha negócios com a gente e depois não paga e nem se desculpa. Faz parecer que o errado é você.
O que? Conheço um montão de gente assim. O que eles mais fazem é dever.
Não só dever contas, mas também dever atitudes, dever dignidade, dever ética. E por aí vai. Eu não diria a maioria, mas existe muita gente assim. Próximas de nós. Infelizmente. O que fazer? Nada. Só mandar muitas energias negativas para eles. Vocês não podem imaginar como funciona. Quando as coisas não estiverem dando certo para vocês, procurem saber quem vocês têm prejudicado. Sinto muito, mas quando prejudicamos as pessoas intencionalmente o azar bate à nossa porta. Revejam suas posiçòes.
Acertem as contas e tudo vai dar certo. Pode esperar.

Fantasias

Às vezes eu penso que gostaria de ser uma pessoa mais doce. Menos verdadeira. Menos sincera. Uma pessoa que fizesse as outras sempre sorrir e nunca refletir sobre o que falo. Já tirei as ilusões de muita gente. Tudo em nome da verdade. Mas talvez o mundo fosse melhor com mais fantasia, com mais mentiras. Aquelas mentiras generosas que costumam fazer as pessoas felizes. Pelo menos, quem estivesse ao meu lado ficaria mais alegre. Só que não sei mentir, não sei fingir, não sei enganar. Tenho tido prejuizos por ser sincera. Não posso me modificar com tantos anos nas costas. Mas, às vezes, fico pensando, como muita gente ia ficar eufórica se eu as chamasse de queridas. Se eu elogiasse o modo como se vestem (totalmente impróprio para a idade e o tipo físico), se eu dissesse: como esse penteado fica bem em você, mesmo achando que fica horrível. Não consigo. As palavras não saem da minha boca. Não faço parte da maioria mesmo. Tenho que me conformar. Mas que um pouco de fantasia deve tornar a vida mais leve, isso deve.

Coisas demais

Não sei se vocês têm por hábito contar o que possuem. Eu não tenho. Mas acho que tenho coisas demais. Tenho dificuldade para acomodá-las nos devidos lugares. Então fiquei pensando em certa mocinha que disse ter 600 sapatos. O que a gente faz com tanto sapato. Difícil arrumar lugar para guardá-los e mais difícil conseguir usá-los ao longo de um ano ou mais. Porque quem tem esse número de calçados certamente está sempre comprando mais. Nem posso imaginar. Seria muito melhor para esta mocinha que ela tivesse 600 livros, de bons autores. Como iria aprender. Como iria entender melhor nosso mundo e as pessoas que vivem nele. Os sapatos não dão retorno útil. Ela até pode com eles pisar em campos minados. Espero que não. Mas ter 600 sapatos pode fazer alguém feliz? Não acredito. Procurem gastar melhor seu dinheiro.

Happy hour

Eu prometi e vou cumprir. Ontem tivemos nossa happy hour mais uma vez no Blue Tree Towers. Todos aprovam o espaço. A gente fica muito à vontade. Cheguei primeiro e tive oportunidade de conversar alguns minutos com a Grace, uma funciária nota dez do Blue. Aliás, todos os serviçais são impecáveis. Fizeram seu debut no happy o Sergio Luiz e a Viviane. Por uma dessas coincidências que ninguém explica, os dois já se conheciam e tinham histórias de uma amiga comum para contar. Além deles estavam lá o Rodrigo e o Cláudio, os mais assíduos. Estou pensando em premiá-los no fim do ano. Gente, me aguentar não é fácil. Por isso adoro os meus amigos. Eles têm muita paciência comigo. Vários assuntos foram conversados e até religião entrou na conversa. Isso porque a Viviane é filha de pastora da Igreja Pentecostal. A música não foi bem o que queríamos ouvir, mas tudo bem. Os papinhos estavam pra lá de interessantes. E algo vai surgir desse encontro. Uma disputa acirrada. Vamos ver quem ganha. Eu aposto no Cabrera.

Concurso

O canal AXN está promovendo um concurso. Mandar um video com a sua teoria Lost. O vencedor ganha 4 passagens para a Costa Rica. Como nunca acompanhei esse seriado, não tenho minha teoria. Também não estou interessada em viajar para a Costa Rica e nem para qualquer outro lugar. Toda vez que assito filmes sobre países diferentes, sinto que já conheci o suficiente. Não preciso estar ao vivo para viver o clima. Dia desses assistindo o Amaury Junior vi o Bazar de Istambul que possui 4 mil lojas.. É uma 25 de março. Rua, que mesmo sendo paulistana, nunca frequentei. Já ganhei muita coisa de grifes famosas, verdadeiras e falsas. Impossível constatar a diferença. Então, não me senti tentada a conhecer Istambul. Se eu viajasse pelo mundo, sempre ia parecer que já tinha estado naqueles lugares. Não vale a pena. Conheço muita gente que viaja e nem sabe onde esteve. Confunde muito a geografia. Viajar, para um bom observador é aprender. Mas não é o que a maioria faz. Voltam sem adquirir maiores conhecimentos. Hoje com a comunicaçaò cada vez mais global, estamos no mundo a um só tempo diante do computador. Podem crer. Hoje teremos nossa happy hour no Blue Tree Towers. Depois eu conto.

Domingo de sol

O relógio está marcando exatamente 6h21. O ceu está rosa e azul, no infinito. Teremos um domingo de sol. Isso é muito bom. Vocês podem não acreditar mas já fiz até meu almoço. Por que tão cedo? Porque acordo e preciso fazer alguma coisa. Coloco os ingredientes em ordem e vou elaborando o prato. Tudo fica pronto rapidinho. Gente, na cozinha eu sou fera. Comecei a me interessar pela culinária aos 9 anos, com a minha avó espanhola. Faço um puchero como ninguém. Quem já comeu não se esquece. O domingo será como todos. Muitos filminhos e à tarde o futebol. Por falar em futebol, o São Paulo ontem só empatou com o Santo André. E quem fêz o gol do Santo André? Marcelinho carioca. Apesar da idade, continua um perigo para qualquer zaga e goleiro. Mas tudo bem. O São Paulo está preocupado com a Libertadores e vai enfrentar o Cruzeiro, levando certa desvantagem. Vamos aguardar. Futebol é bom porque sempre nos reserva surpresas. Só agora o dia começou a clarear. O friozinho continua castigando os mais sensíveis. Só a Iara tem coragem de colocar um biki e tomar sol. Tudo para garantir um belo bronzeado o ano inteiro. Ontem estivemos no point e a tchurma estava lá, como sempre. Poucos viajaram. No Dia dos Namorados muitos ficaram sem comemorar. Há muita gente só. Já diz o ditado - antes só do que mal acompanhado. Viver só por escolha nossa é tudo de bom.

Feriado

Hoje é feriado. Um dos muitos que temos durante o ano. Para quem trabalha muito deve ser bom um dia de descanso. Para mim que quase não trabalho mais, apenas me divirto, o feriado é nada. Um dia mais parado, sem nada para fazer. É claro que eu posso inventar um passeio, um tour gastronômico, um cinema, bem há muitas coisas para se programar. No entanto, prefiro me programar nos dias úteis. São mais movimentados. A vida pulsa mais intensamente. Sei lá. Preciso descobrir porque não gosto de feriados. Bem, como não sou maioria em nada, não é tão difícil de explicar.
Até que tendo esse blog arrumei alguma coisa para fazer.
Na próxima semana vamos começar a trabalhar para o Light News de junho. Com estréia de um novo colunista. Tenho certeza que os leitores vão gostar. Gente nova dá novo colorido a nossa publicaçào. Só estou preocupada com o faturamento. Embora o presidente (alienado) diga que a crise não nos atinge, ela atinge sim, principalmente a área da publicidade.
Por aqui a tchurma acha que propaganda é gasto, quando na verdade ela é investimento. Mas como fazer com que os comerciantes entendam? É difícil. E com tantos feriados a coisa fica pior. Mas vai passar. Tem que passar.

Saudades

Já estava com saudades de me comunicar com vocês. Desde o dia 27 não consigo entrar no blog. Nem sei porque. Mas deixa pra lá. Nada fiz de tão interessante. Almocei com as amigas Milena e Iara na Trattoria Di Sicilia, na sexta-feira. No sábado fomos ao ponto de encontro da Marinella, como fazemos há mais de dez anos. É sempre muito agradável o encontro com os amigos. O Ivo Merlotti estava se despedindo, vai para a Itália na terça-feira e passa lá 26 dias. Deve trazer muitas novidades do Velho Mundo. Ontem assisti o programa Fala que eu te escuto e vi o charmoso bispo Clodomir. Já falei com ele uma vez para dar uma opinião sobre um assunto. Ontem a matéria era sobre Fogo Cruzado, traficantes contra policiais e balas perdidas que sempre matam inocentes. A enquete era sobre de quem é a culpa. São tantos os culpados por essa violência que fica difícil enumerá-los. A maioria não do povo, mas dos juristas é contra a pena de morte, no entanto, inocentes são mortos diariamente e os bandidos ficam impunes. Não é pena de morte? Deveria ser estabelecida por um tempo essa pena, para que pudessemos ver o resultado. Só que deveria ser rápida, não esperar anos para matar um bandido. Enfim, vai ser preciso dar uma soluçào a curto prazo. Ninguém aguenta mais tanta barbaridade. E os presídios estão superlotados. Quando estudava ainda na Faculdade de Direito, toda a semana fazíamos visitas à penitenciária, presídio, manicomio judiciário, instituto médico legal. Tudo no Rio de Janeiro. E funcionava muito bem. Não se via o que se vê hoje pela televisão. Também era nos anos 50. Anos dourados mesmo. Disso tenho saudades.

Muito frio

Quem me conhece sabe que não gosto do frio. Nem para dormir.Mas nem É a mesmapor isso vou me estressar com o tempo. Se não houvesse inverno não saberíamos como é bom o verão. Só que ainda estamos no outono e o frio já é muito para meu gosto. Vocês já devem ter ouvido muita gente dizer que no frio as pessoas ficam mais elegantes. Quem é elegante, está elegante em qualquer estaçào. Tem também a tchurma que abusa das botas. Botas não ficam bem em qualquer pessoa, principalmente as longas. Mas pouca gente se incomoda com o certo e o errado. Se for fashion, elas usam de qualquer jeito. Ficam ridículas, mas usam. Pior é que as "amigas"sempre dizem: como você está chique! Não acreditem em tudo que escutam. Quando o elogio vem de mulher é sempre muito suspeito. Ë o mesmo que comentários sobre a aparência. Envelhecemos todos os dias um pouco mais. No entanto, ouvimos aquela frase famosa: você não muda nada, está sempre igual. Mentira deslavada que muitos não ficam nem vermelhos ao afirmar essa barbaridade. O importante é não acreditar. Amanhã vamos almoçar com as amigas na Trattoria Di Sicilia. Lá a gente se sente em casa.

Happy Hour

Ontem tivemos nossa happy no Blue Tree Towers. Estiveram conosco Claudio, Cabrera, Diogo, Leo, Lorenzetti. Muito bom. Poderia até fazer um perfil de cada um dos meus queridos amigos. Um dia quem sabe. O fato é que eles são bem diferentes. Poderia ser melhor ainda se pudéssemos fumar. Mas o hotel já começou a cumprir a lei. Essa lei que o Serra tanto adora e que vai afastá-lo da presidência da república. O Diogo e eu, os fumantes do grupo, fomos para a rua, apenas uma vez, para fumar. Nós vamos nos adaptar. Mas o Serra vai chorar lágrimas muito amargas por ter proibido a gente de ter esse prazer. Às terças-feiras há música ao vivo. Por incrível que pareça ninguém sabe o nome do músico que se apresenta. Eu mesma poderia perguntar para o próprio, mas não vou lá a trabalho, e isso ia parecer que estou trabalhando. Por isso espero que o pessoal do hotel me diga quem é o dito cujo. A gerência do Blue Tree convidou umas dez moças para conhecerem a happy hour. Vamos ver se o american bar estará lotado da próxima vez. Eu duvido. Joseense não curte happy hour, muito menos em hotel. Comentei com o Claudio que a tchurma nos recepciona como vips. Vamos acabar acreditando que somos muito importantes. Mas valeu. Foi uma terça-feira realmente feliz.

Muito sol

É proibido ficar triste num dia de tanto sol. Essa luz natural nos inunda, nos incentiva, nos aquece, nos enche de amor pela vida. Não consigo entender a tal da depressão que atinge tanta gente hoje em dia. Você conhece outra vida? Eu não. Se é essa que temos porque não aproveitar todos os momentos? Depois não adianta chorar o tempo que passou. E o tempo corre. Vamos curtir este dia de tanto sol. Vamos observar tudo que está ao redor e descobrir quanta coisa bonita há para ser apreciada.
Tenho um anturius (plantado) há mais de 20 anos. Ganhei de uma amiga querida. Cuido dele apenas regando. Nada mais. Nos primeiros anos florescia uma vez por ano. Dava apenas uma flor. Com o passar do tempo, foi dando duas. E qual não foi a minha alegria neste ano, em que floresceram quatro. Sem adubo, só água. Foi um presente pra mim. Sem falar nas violetas que estão todas floridas. E estamos no outono. É para se duvidar que Deus existe? Quem, senão um ser superior poderia criar tantas maravilhas? E temos isso tudo de graça. Ninguém paga para assistir o nascer ou o por-do-sol, dois espetáculos fantásticos. Gente, vamos aproveitar o tempo e curtir mais o que nos rodeia. Vocês verão como viver vale a pena.

Correspondência

Recebo e-mails agradecendo notas ou fotos publicadas no Light News. E aí o remetente oferece tudo e mais alguma coisa. Não acredito nessas promessas. São só promessas. Se você precisar de algum favor a pessoa terá uma desculpa esfarrapada para não atendê-lo. A tchurma segue uma oração: tudo para mim, nada para você. Essas pessoas que adoram aparecer, não vão favorecer ninguém, só por uma gentileza feita de boa vontade. Mas tudo bem. Às vezes publico fotos de gente que nem conheço. Publico porque a pessoa é bonita ou fotogênica. Então ninguém fica devendo nada para ninguém. Agora falar bem, elogiar uma pessoa, só mesmo quando conheço e ela merece. Do contrário, nem será citada por mim. Falar mal só da Dama de Verde. E ela sempre fêz sucesso. Todo mundo queria saber quem era. Continuam perguntando. Mas nunca vou dizer. Perde a graça.
A Dama de Verde, se fosse uma só, já estaria hoje com uns 80 anos. No entanto, ela está sempre entre os 30 e 50. Não passa disso. Porque se você não aprendeu a se comportar em sociedade até os 50, nem adianta insistir. Não vai aprender mais. Muitas dão como desculpa o comportamento da Hebe. Só que a Hebe é artista. E aos artistas tudo ou quase tudo é permitido. Os normais têm outro comportamento. Outra maneira de viver a vida. Nem por isso são menos felizes. A semana começa com sol. E sol é tudo de bom. Vamos aproveitar.