sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Aniversário

Todo ano , quando chega perto do nosso aniversário, passa um filme em nossa cabeça. Lembrei-me só de algumas datas que ficaram muito marcadas. A primeira foi o nat de cinco anos, uma festança, em Araraquara, na casa de meus avós maternos. A segunda o nat de 9 anos, lembro até do vestido. Depois o de dez anos: a roupa era toda branca e os acessórios também. Depois disso o de 15 anos, eu morava no Rio. A festinha foi em casa e depois das 11 fomos para um baile no clube que frequentávamos. Um amigo que estudava medicina no Rio foi o meu par. Mas o rapaz que eu estava apaixonada na época, um colega do Ginásio, não apareceu. Foi frustrante. Me encontrei com ele anos depois, na praia e ele me pediu em casamento, só que aí eu já estava em outra. Foi ele que se frustrou. Depois disso me lembro dos 26 anos, data em que juntei os trapinhos com o pai de meus filhos. Nunca assinei papéis, nem jurei diante de nenhum sacerdote.
Fomos casados 15 anos e não me lembro de nenhum aniversário. Só lembro dos 50 que passei no Santa Rita, dos 60, na Number Two e dos que agora faço todos os anos na Marinella. Não gosto de assoprar velinhas, nem que cantem os parabéns, nem de bolo de aniversário. É tudo muito óbvio. Recepciono as amigas quando chegam e é só. Não sou de ir de mesa em mesa, nem de dar muita atenção a todos. Afinal a homenageada sou eu, não é mesmo? Não devo me cansar.

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